sexta-feira, 25 de março de 2011

Transtorno Bipolar

Diagnósticos e tratamentos errados podem levar ao agravamento da doença


É como levar uma vida dupla. Uma hora a euforia toma conta e leva o organismo ao seu limite de excitação, uma euforia intensa e seu oposto, a depressão. Trata-se do transtorno bipolar. Estima-se que cerca de 5% das pessoas tenham instabilidades de humor em algum grau. Feitos os cálculos, os brasileiros alterados somam aproximadamente 9 milhões. Muitos deles nem sabem do próprio distúrbio. Outros, ainda pior, são tratados da maneira errada, taxados até como depressivos e até mesmo esquizofrênicos. A doença em grande parte é determinada pelo histórico familiar. Uma criança que tem um dos pais com transtorno bipolar apresenta uma probabilidade de 15% a 20% de manifestar o mesmo problema.

É no final da adolescência e no início da vida adulta que o transtorno pode se manifestar, mas pode também ocorrer na infância. Crianças portadoras do transtorno bipolar de humor muitas vezes são confundidas como hiperativas.

Descobrir a doença cedo e controlá-la o quanto antes ajuda seu portador a levar uma vida normal. Se não tratado, o transtorno bipolar pode afetar os relacionamentos do paciente, diminuir a capacidade de trabalho e de estudo e gerar problemas familiares. Além disso, 40% dos pacientes desenvolvem problemas com drogas e álcool e a taxa de suicídio é bastante alta.

Em casos de bipolaridade, os remédios conhecidos como estabilizadores do humor são fundamentais para o tratamento, assim como a psicoterapia. O uso de antidepressivos pode até agravar o problema.


Fonte: G1